Gestão Participativa
Discente: Ayrton Tetsuo Shimizu;
Orientador: Msc. Francisco Conceição da Silva;
Centro Universitário do Pará – CESUPA.
RESUMO
A atual conjuntura em que as organizações vivenciam força o gestor a (re)pensar em práticas simples e de baixo custo para que as organizações possam ser mais competitivas no seu nicho mercadológico e obter o lucro máximo em suas atividades. Desta forma, a Gestão Participativa é concebida como ferramenta e é muito discutida no meio organizacional, mas há quem não a compreenda a sua concepção, pois crê que o simples fato de ouvir seus colaboradores já basta para vivenciar este tipo de gestão. Porém, fazer a Gestão Participativa acontecer nas organizações vai além disto e o seu resultado pode fazer com que a organização obtenha vantagem competitiva através da participação ativa de seus colaboradores. Este manuscrito visa abordar a questão da “gestão” e da “participativa” (ou “participação) para entender o que é essa tão discutida Gestão Participativa. A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica.
Palavras-chaves: gestão, participativa (ou participação) e Gestão Participativa.
1 INTRODUÇÃO
Saber dialogar os interesses pessoais com os da organização torna-se habilidade imprescindível do gestor com pessoas e mostrar-se receptível as idéias dos colaboradores de escalões inferiores é acreditar que ninguém é detentor da “verdade”, pois neles pode haver a possibilidade de extrair informações preciosas/ úteis (como idéias, práticas ou políticas) capazes de melhorar a gestão, porém muitos ainda hesitam aceitar isso de terceiros. Do exposto, o termo “Gestão Participativa” é muito discutido no meio organizacional como uma ferramenta de gestão capaz de alavancar a produtividade através da participação ativa dos seus vários colaboradores.
É oportuno, por ocasião, abordar o significado de “gestão” e de “participativa” (ou “participação”) para entender o que é a tão discutida “Gestão Participativa”.
1.1 O QUE É “GESTÃO”?
É incontestável a necessidade de se ter o controle dos recursos: quer sejam materiais ou financeiros. Mas, também nos é confiado à árdua tarefa de controlar os de terceiros para alcançar objetivos comuns e visando à satisfação coletiva. Assim, emergi um profissional tecnicamente capacitado para executar isto. Ele é o gestor e o seu ato consiste na gestão1 dos recursos no qual é confiado.
De acordo com Maximiano (2004), a gestão é um processo dinâmico que utiliza os recursos disponíveis para tomar decisões visando à obtenção dos resultados estabelecidos. Para Silva (2008, pág. 6), a administração é “um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas da organização”. Outrossim, Ferreira (2001) corrobora afirmando que Administração (pág. 17) é o “conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim ordenar a estrutura e funcionamento de uma organização (empresa, órgão público, etc.)” e que gestão (pág. 347) é o “ato ou efeito de gerir, gerência”. Além disso, Hermel (1990, pág. 75) afirma que gestão é “o conjunto de ações, métodos e processos de direção, organização, assimilação de recursos, controle, planejamento, ativação e animação de uma empresa ou unidade de trabalho”.
Ferreira discorre baseado na metalinguagem, enquanto que Maximiano, Silva e Hermel as convergem para o âmbito organizacional. Entretanto, todos concordam num ponto: gestão é o ato de coordenar e gerir uma organização através dos seus recursos.
1.2 O QUE É “PARTICIPATIVA”?
A atual conjuntura em que as organizações estão passando tem feito os gestores a (re)pensar na maneira de como estão gerindo-as para alcançar os objetivos comum e a participação nas organizações torna-se fundamental, uma vez em a mesma permite aos diversos usuários obter informações pertinentes sobre a organização e ser conhecedor de suas
estratégias. Mas, muitas pessoas negligenciam o seu real significado e Bobbio (1992) defende que “participação” é um conjunto de regras ou processos cujo fim é criar oportunidades para que haja o envolvimento de interessados nas tomadas de decisões. Salienta-se aqui que o simples fato do gestor tão somente ouvir seus colaboradores não é participação, pois este autor afirma que a finalidade desta é proporcionar aos interessados a oportunidade de envolver-se com as decisões das organizações.
1.3 O QUE É “GESTÃO PARTICIPATIVA”?
O gestor planeja a maneira de como utilizar os recursos disponíveis na organização para atingir os objetivos estabelecidos, agindo com efetividade e conciliando os interesses das partes: organização e colaborador. Desta maneira, a Gestão Participativa é concebida como uma prática gerencial que visa à coordenação de grupos de trabalho através da supervisão de um ou poucos. Farias (1987) salienta que a Gestão Participativa, dentre muitas finalidades, visa aumentar a flexibilidade no uso dos recursos organizacionais, modificar o clima e enriquecer as funções.
E qual o interesse das organizações nesse tipo de gestão? Com a Gestão Participativa elas focalizam na necessidade de direção e de mudança, considera a variável Pessoa e há a preocupação com a “vida interior da empresa” (HERMEL, 1990).
CONCLUSÃO
A tradicional gestão nas organizações não tem suprido as necessidades de seus diversos usuários, principalmente no que concernem as pessoas que nelas trabalham e ter um olhar diferenciado, com políticas, torna-se fundamental para a sua sobrevivência. Nisto, uma proposta de gestão, a Gestão Participativa, vem sendo abordada nas organizações como forma de oportunizar uma classe de trabalhadores que até então estavam à mercê: o colaborador.
No presente manuscrito, apresentou-se o conceito de “gestão” e de “participativa” (ou participação) para entender o que é a Gestão Participativa e pode-se concluir que ela é um modelo gerencial no qual oportuniza o envolvimento de pessoas nas decisões organizacionais visando coordenar, de forma sistemática, os diversos recursos para obter os resultados estabelecidos e focalizar em mudanças significativas.
REFERÊNCIAS
BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
FARIA, José Henrique de. Comissões de fábrica: poder e trabalho nas unidades produtivas. Curitiba: Criar, 1987.
FERREIRA, Aurélio, Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. 4ª Ed. rev. ampliada. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2001.
HERMEL, Philippe. La gestion Participativa. Barcelona: Gestion 2000, 1990.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 6ª Ed. rev. e ampl. – São Paulo : Atlas, 2004.
PREDEBON, Eduardo Angonesi; SOUSA, Paulo Daniel Batista de.. As organizações, o indivíduo e a gestão participativa. Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/IISeminario/trabalhos/As%20organiza%C3%A7%C3%B5es%20o%20individuo%20e%20a%20gest%C3%A3o%20participativa.pdf>. Acesso em 11 de fev. de 2.015.
SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da Administração. São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2008.
VALLADARES, Angelise; FILHO, José Garcia Leal. Gestão contemporânea de negócios: dimensões para análise das práticas gerenciais à luz da aprendizagem e da participação organizacionais. Rev. FAE, Curitiba, v.6, n.2, p.85-95, maio/dez. 2003. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v6_n2/07_Angelise.pdf>. Acesso em 11 de fev.de 2015.
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